Somos, eu e o Roda, a cada semana mais plurais

O melhor que o Roda Viva me traz a cada semana há quase quatro anos é a possibilidade única de exercitar a escuta. E de abrir espaços a outras vozes, outras perspectivas. Não significa que eu pense igual a quem ocupa o centro, ou a quem eu chamo para a bancada, para perguntar me agora também para desenhar.

Significa que essas outras vivências e visões de mundo vão necessariamente me impactar e mudar. Não sou a mesma que sentou nesta cadeira em 2020, assim como acredito que o programa também mudou, assim como o Brasil e o mundo mudam a cada dia.

Somos, eu e o Roda, a cada semana mais plurais, menos cheios de certezas inscritas na pedra, mais permeáveis e mais tolerantes. O papel do jornalismo e da TV pública aberta é também esse: ser um grande orelhão hipersensível a captar a cacofonia presente na sociedade e traduzi-la e tentar extrair sentidos dela.

As conversas deste 2023 tão profícuo, em que já fomos manchete de todos os jornais com o presidente do BC, em que interrompemos férias quando a história gritou, em que fizemos um mês só dedicado às mulheres mostram que o caminho é sempre em frente, sempre em movimento. Obrigada a todas e todos que fazem o trajeto junto. As fotos que registram esse deleite da escuta são da Nadja Kouchi, que consegue fazer imagens falarem e ressoarem